Atividades físicas podem melhorar aprendizado e desenvolvimento dos jovens, dizem especialistas

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Atividades físicas podem melhorar a qualidade de vida e o rendimento acadêmico de crianças e adolescentes, funcionando como uma ferramenta de desenvolvimento humano entre os jovens em idade escolar. Essa é uma das conclusões preliminares de um estudo realizado desde 2014 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil e discutido em Brasília no início de dezembro.

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Atividades físicas podem melhorar a qualidade de vida e o rendimento acadêmico de crianças e adolescentes, funcionando como uma ferramenta de desenvolvimento humano entre os jovens em idade escolar. Essa é uma das conclusões preliminares de um estudo realizado desde 2014 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O relatório — que aborda o conceito de “escolas ativas” e sua relação com a realidade da educação no Brasil — foi discutido por especialistas na semana passada (6), em Brasília, durante última reunião do comitê técnico responsável pela pesquisa.

A representante da Universidade de São Paulo (USP) na coordenação do estudo, Paula Korsakas, destacou que há uma relação direta entre a prática de atividades físicas e melhorias no processo cognitivo. “Após fazer atividade física, moderada, de média duração, ou o que chamamos de aeróbia, isso favorece o foco de atenção do aluno, impactando positivamente no meio escolar, afirmou.

Desenvolvida pelo PNUD e parceiros desde 2014, a pesquisa já entrevistou por telefone equipes de 600 colégios de todas as regiões do Brasil, da educação infantil ao ensino médio. Em um segundo momento, foram organizadas visitas de campo a 20 centros de ensino. O objetivo era conhecer a cultura de exercícios físicos dentro do ambiente escolar brasileiro.

Com a avaliação, a agência da ONU busca elaborar uma proposta para tornar as escolas do Brasil mais ativas. Segundo o PNUD, trata-se de um modelo educacional comprometido com a promoção de atividades físicas no cotidiano escolar. A experiência das “escolas ativas” pelo mundo teve início nos anos 1990, sobretudo em países europeus. A ideia é levar alunos a adotarem um estilo de vida que inclua a prática de exercícios.

As primeiras iniciativas para uma escola ativa são, geralmente, aumentar as aulas de educação física e atividades extracurriculares relacionadas ao esporte e atividade física. No entanto, existe um desafio maior — saber como o ambiente acadêmico pode influenciar esses hábitos dos alunos fora dos espaços escolares.

“Desenvolvimento humano é a possibilidade de ampliação de escolha das pessoas. As atividades físicas e esportivas podem ser um vetor do desenvolvimento, pois aumentam a qualidade de vida e de escolha, enriquecendo a vida de cada um”, disse a coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, Andréa Bolzon.

A pesquisa completa será lançada no primeiro semestre de 2017 e servirá como base para um dos capítulos do próximo Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional.

Além do PNUD, participam do comitê técnico do relatório os representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Saúde, do Ministério do Esporte, do Ministério da Educação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Rede Esporte pela Mudança Social (REMS).

Acesse aqui o Caderno de Desenvolvimento Humano sobre Escolas Ativas no Brasil, documento que contém os resultados parciais dos estudos realizados até o momento.

Fonte: Onu Brasil


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