Comércio internacional de bens e serviços teve queda em 2015, diz UNCTAD

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estaleiroO comércio internacional de bens e serviços teve queda em 2015, diante da fraca recuperação da economia mundial após a crise financeira de 2009, de acordo com Manual de Estatísticas divulgado recentemente pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

As exportações de mercadorias tiveram baixa de 13% em 2015 na comparação com o ano anterior, passando de 19 trilhões de dólares para 16,6 trilhões no período, de acordo com o documento. Segundo a UNCTAD, a queda ocorreu principalmente devido a um declínio do comércio de combustíveis e outros produtos primários, prejudicando principalmente os países em desenvolvimento exportadores de matérias-primas.

No caso do Brasil, o volume exportado passou de 225,1 bilhões de dólares em 2014 para 191,1 bilhões em 2015, uma queda de 15% — mais acentuada que a média mundial.
Enquanto as exportações de bens e artigos manufaturados no mundo caíram 6,2% no período, o comércio de combustíveis baixou 39% e de minerais e pedras preciosas, 14%. Os produtos agrícolas e os alimentos também registraram recuo de 12,2% e 9,5%, respectivamente, apontou o documento.

O relatório mostrou ainda que 26% do comércio internacional em 2015 ocorreu entre países do Hemisfério Sul. Já o comércio entre países do Norte e do Sul responderam por 35% do total, e entre países do Norte, 39%.

Os dados mostraram o quão fraca está sendo a recuperação da economia global desde a crise financeira de 2009, sendo esta a segunda queda do comércio exterior desde 2000 — a primeira ocorreu entre 2008 e 2009. Entre 2015 e 2014, o comércio de serviços também recuou, com uma baixa de 6% em relação ao ano anterior, para 4,8 trilhões de dólares.

Após a queda de 3,2% em 2009, o PIB per capita global subiu 2,84% em 2010 e 1,3% em 2015, mantendo uma lenta recuperação.

O manual publicado pela UNCTAD traz uma ampla base de dados com estatísticas econômicas globais e por região e país, incluindo indicadores sobre tendências econômicas, investimento direto, população e mercado de trabalho.

Fonte: Onu Brasil
Foto: UNCTAD.


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